Neste final de semana, por ocasião do comício do candidato a prefeito Kéricles Alves Ribeiro (Kerinho), o vice-prefeito de São José de Mipibu, no palanque avermelhado, disse que a prefeitura, durante esses quase oito anos de governo, construiu mais de 1000 casas. Dizendo assim, imaginamos que boa parte das pessoas carentes da nossa cidade foi contemplada com o tão sonhado imóvel.
Entretanto, falar é fácil, mas respeitar a população, a cada dia, fica mais difícil. Dois exemplos claros, que já foram mostrados neste blog, são os casos das duas moradoras da Rua Avelino Carlos (Rua do Céu), rua esta no centro da cidade.
D. Lourdes Barbosa se cadastrou por três vezes no tal projeto do Governo Federal, entretanto, até hoje, sua casa é de taipa e está caindo aos pedaços. No outro caso, a moradora Ana Cristina Xavier, a qual vendeu um imóvel para aterrar e fazer o baldame (obrigação que seria da prefeitura!), no local onde deveria ser construída a casa popular, não teve seu direito respeitado. Na ocasião, chegou a assinar um contrato das mãos de uma funcionária da SEMTHAS, mas nunca teve resposta.
Cansada de tanto esperar, dirigiu-se à referida secretaria e ouviu da mesma funcionária o seguinte: "A casa foi destinada para outra pessoa". Se o troço é meu, como é que a prefeitura repassa para outro cidadão???
Isso é respeito e trabalho? Onde estão, pelo menos, 100 dessas casas, as quais não vemos em Mipibu?
Casa de taipa de D. Lourdes Barbosa, uma moradora simples, que se cadastrou por três vezes no projeto das casas do Governo Federal e nunca teve resposta por parte da Prefeitura Mun. de São José de Mipibu-RN.
Terreno de D. Ana, esperando pela promessa, por parte da prefeitura, de construção de uma casa do governo. Atualmente, o espaço com o baldame pronto, fruto de muito trabalho e gasto da própria moradora, amarga as promessas esfarrapadas da atual gestão.
Não sei como esse povo, ainda, consegue, subir em palanques, para tentarem ludibriar a cabeça da nossa gente mipibuense. Ainda bem que o povo está vendo todas essas sacanagens político-administrativas.
Matéria: Alexandre Freire
fotos: Alexandre Freire e Carlos Silva
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