sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Protesto de motoboys contra novas regras trava Avenida Paulista


Pouco antes das 13h, grupo fechou completamente a via em São Paulo.

Sindicato que reúne motoboys busca adiar fiscalização de novas regras..

Tatiana SantiagoDo G1 São Paulo

Protesto travou a Avenida Paulista (Foto: Fábio Tito/G1)Protesto travou a Avenida Paulista (Foto: Fábio Tito/G1)
Protesto realizado por motoboys em São Paulo travou a Avenida Paulista no começo da tarde desta sexta-feira (1°). Os manifestantes chegaram a bloquear completamente a avenida na altura Rua Padre João Manoel. Por volta das 14h15, o trânsito estava liberado.

O grupo é contra a aplicação de novas regras para o setor. A regulamentação da profissão de motofretista passa a valer em todo o país a partir de sábado (2). Na capital paulista, o protesto começou nas ruas do Brooklin, na Zona Sul.
(Para mais informações sobre o trânsito em São Paulo, você pode acompanhar no G1 a página do Radar São Paulo, com câmeras ao vivo e tabela com condições das principais vias.)
Enquanto a maioria dos manifestantes seguia na Paulista, outros motociclistas bloquearam completamente a pista local da Marginal Pinheiros, sentido Rodovia Castello Branco. A interdição durou cerca de 10 minutos.O presidente do Sindmoto, Gilberto Almeida dos Santos, disse ao G1 que foi ao gabinete da Presidência em São Paulo, também na Avenida Paulista, protocolar uma petição para adiamento das novas regras para o setor. Ele disse que poderá haver novos protestos nos próximos dias.

Segundo a Polícia Militar, cerca de 350 motociclistas participam do protesto na Avenida Paulista.

O grupo seguiu pelas vias em cortejo e realizou breves paradas para buzinaços. A manifestação é organizada pelo Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Moto-Taxistas de São Paulo (Sindimoto-SP).
Representantes da categoria se reuniram desde as 10h na sede da entidade, quando decidiram protocolar pedido de suspensão da fiscalização no Ministério Público Federal (MPF), na Rua Frei Caneca, e no escritório da Presidência, na Avenida Paulista. O deslocamento pela Avenida dos Bandeirantes, Corredor Norte-Sul, Rua Estela e Avenida Paulista causou reflexos no trânsito.
Motociclistas do Sindimoto-SP (Sindicato dos Mensageiros Motociclistas, Ciclistas e Moto-Taxistas de São Paulo) faziam uma mobilização em frente à sede da entidade, no Brooklin, Zona Sul, às 10h desta sexta-feira (1º). Eles protestam contra as novas regra (Foto: Tatiana Santiago/G1)Antes do protesto, categoria se reuniu na sede do
Sindimoto, no Brooklin (Foto: Tatiana Santiago/G1)
Novas regras
Em agosto do ano passado, o Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu adiar em seis meses o início da fiscalização.
A resolução do Contran exige que os motofretistas tenham um curso de 30 horas e equipem o veículo com antena contra linha de pipa, protetor de perna, fitas refletivas na lateral e no baú do veículo. A moto também precisará ser emplacada com placa vermelha. Ainda será obrigatório para o motociclista usar colete.
Segundo o Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo, dos 300 mil motofretistas da cidade de São Paulo, apenas 13 mil fizeram o curso téorico exigido. A multa para aqueles que não seguirem as novas regras varia de R$ 85 a R$ 191 e os motofretistas podem até ter a carteira suspensa.
Reclamação por cursos
Segundo o presidente do Sindmoto, dos 645 municípios do estado de São Paulo, apenas cerca de 10% têm as regulamentações municipais exigidas pelo Contran. O sindicalista afirma que, sem a legislação municipal, mesmo o motociclista que fizer o curso não vai conseguir se adequar a todas as exigências.

Ele afirma que, apesar de a lei ter sido criada há dois anos, o curso é oferecido há pouco tempo, por isso não houve tempo hábil para a formação dos profissionais. “A principal reivindicação é a falta de escola credenciada para dar o curso e a falta a regulamentação nos municípios. A lei federal precisa ser aplicada em todas as cidades do país, já que é regulamentada pelos municípios. Das 39 cidades da região metropolitana, apenas três oferecem o curso”, justificou Santos.
Policias militares acompanham o protesto. O major Lidio Costa Junior, do Policiamento de Trânsito da PM, afirma que 40 homens acompanham a manifestação. ”Estamos aqui para garantir o deslocamento de outras pessoas que passam pelas vias não se sintam lesadas”, disse.
Avenida foi totalmente bloqueada na altura do Conjunto Nacional (Foto: Tatiana Santiago/G1)Avenida foi totalmente bloqueada na altura do Conjunto Nacional (Foto: Tatiana Santiago/G1)

Motoboys seguiram pelo Corredor-Norte Sul em protesto na manhã desta sexta (Foto: Tatiana Santiago/G1)Motoboys seguiram pelo Corredor-Norte Sul para chegar à Av. Paulista (Foto: Tatiana Santiago/G1)

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