Operação “Serpentina” resultou na prisão de três pessoas e apreensão de armas.
Foto: Divulgação / Polícia Civil
Policiais
civis da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime
Organizado (Deicor), comandados pelos delegados Marcelo Maceiras, Sheila
Freitas e Danielle Morais, deflagraram nesta quinta-feira (7) a
Operação “Serpentina”, que resultou na prisão de três assaltantes
membros de uma quadrilha especializada em assaltos a caixas fortes e
ataques a terminais eletrônicos com o uso de explosivos. Os detalhes da
prisão do grupo foram divulgados durante coletiva de imprensa nessa
manhã (8) com a presença do Secretário de Segurança Pública, Aldair da
Rocha, e do Delegado Geral da Polícia Civil, Fábio Rogério Silva.
Na ação foram presos o paranaense Paulo Donizete Siqueira de Souza,
vulgo “Virus”, João Maria dos Santos, mais conhecido como “Gugu”, e o
matogrossense José Carlos dos Santos Bezerra. A operação foi
desencadeada após troca de informações com o setor de Inteligência da
Polícia Civil da Bahia dando conta de que uma quadrilha de assaltantes
estava num hotel em Natal planejando praticar assaltos na cidade. As
informações repassadas a Deicor constavam também que um dos integrantes
do bando, o Paulo Donizeti, era um foragido daquele estado, de alta
periculosidade e apontado como autor de mais de 50 assaltos a banco em
vários estados do país.
Equipes da Deicor se dirigiram então ao bairro de Ponta Negra, e
realizaram campana em frente ao Apart Hotel que fica localizada na Rua
Ruth Bezerra Galvão. Os policiais avistaram José Carlos dos Santos
Bezerra saindo num automóvel Ford Focus, de cor preta e resolveram
segui-lo. Ao ver a presença da Polícia, já nas proximidades do
supermercado Favorito da Avenida Engenheiro Roberto Freire, José Carlos
acelerou o veículo em direção aos agentes e ainda efetuou disparos
contra a viatura. Houve troca de tiros e José Carlos acabou atingido por
um disparo e foi encaminhado ao Pronto Socorro Clóvis Sarinho, onde
está internado.
Equipes da Deicor continuaram em diligências para tentar localizar os
demais integrantes da quadrilha, quando receberam a informação de que
João Maria, o Gugú, havia auxiliado na fuga de Paulo Donizete,
utilizando um Corolla, placas MZL-1822. Após diligenciarem nas
imediações do aeroporto, avistaram o carro próximo à estrada que leva a
Cajupiranga, seguiram o veículo, abordaram Gugú e Paulo e deram voz de
prisão aos acusados.
Em seguida os policiais civis realizaram diligências nos apartamentos
onde os bandidos estavam hospedados, dois no bairro de Ponta Negra e
outro no bairro de Cajupiranga onde apreenderam três fuzis, duas
pistolas .40 (roubadas de um policiais civil de um militar),
aproximadamente R$ 61 mil em dinheiro, uma escopeta calibre 12, munições
de vários calibres, grampos, além de explosivos, sendo duas granadas,
cordão detonante e uma emulsão de dinamite, e ainda quatro rádios, um
giroflex, coletes balísticos e táticos e camisas da Polícia Federal.
Além desse material, também foi apreendido um mapa, possivelmente de
uma instituição financeira, como um dos alvos da quadrilha. "Ainda não
sabemos qual é esse local mapeado pelos bandidos, ao que podemos ver é
de uma empresa que guarda valores, mas vamos descobrir de fato no
decorrer das investigações, mas certamente seria esse um dos alvos dos
bandidos", disse a delegada Sheila Freitas.
Para a Delegada Sheila Freitas, essa foi uma das prisões mais
importantes da região Nordeste e Centro-Oeste devido ao grau de
periculosidade dos bandidos. "Eles são responsáveis por inúmeros
assaltos em diversos estados como a Paraíba, Pernambuco e Bahia",
detalhou. Segundo a titular da Deicor, o material explosivo encontrado
com os assaltantes é suficiente para explodir um carro forte. Esse
material será periciado pelo Itep para que, com a comparação balística,
possa se descobrir se esse grupo foi autor de explosões a caixas
eletrônicos no Rio Grande do Norte.
O potiguar João Maria, vulgo “Gugu”, é velho conhecido da polícia
norteriograndense, traficante, responde a processo criminal em regime
semi-aberto e se passava por empresário em Parnamirim. A titular da
Deicor não descartou a hipótese de outros envolvidos com a quadrilha.
“Acreditamos que outras prisões poderão ser realizadas nos próximos
dias”, concluiu.
*Fonte: Assessoria da PM
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